Em 13 de
setembro de 1958 o América de Esperança em amistoso intermunicipal ousou
enfrentar a equipe de Lucemar Navarro, o Estrela do Mar.
Para o
atraente prélio da domingueira, no Estadinho da Graça, compareceu considerável
público. Havia grande expectativa na apresentação do clube interiorano, que
pela primeira vez estreava nos gramados pessoenses.
A crônica
esportiva da Capital assim definia o nosso “Mequinha”:
“O grêmio
esperancense ainda não é conhecido do nosso público, ainda aqui não se exibiu.
Mas se sabe que é um quadro dos mais valorosos do interior do Estado, tendo
vencido equipes como o Campinense, o Treze de Campina Grande, Auto Sport desta
Capital, estando desse modo credenciado a fazer entre nós uma exibição que
corresponda à expectativa” (A União: 13/09/1958).
Os estrelenses
atuaram um tanto aquém do adversário esperancense, não repetindo o jogo que
travou contra o Treze. Destacava a imprensa da época, que a derrota devia-se a
inexperiência do goleiro reserva que deixou passar duas bolas relativamente
fáceis. Fernando que o substituiu no arco, deu maior segurança ao reduto
alvi-celeste, com o apoio de Carrinho no eixo, Pinheiro na zaga, do meia-cancha
Valdeci e o esforço de Edmilson, conseguiram evitar um vexame maior.
Aos 20 minutos
do primeiro tento disparou o ponteiro Arnaud para a falha do arqueiro Breno,
abrindo o placar para os americanos. E aos 24, coube a Celedino escorar de
cabeça marcando o segundo score para os visitantes.
Na segunda
etapa houve certa reação do Estrela. Edmilson deslocou-se pelo centro e,
aproveitando uma falha da defensiva visitante, aliviou a contagem aos 9
minutos. A reação adversária veio aos 26 do segundo tempo, com Celedino, que
evitando a saída do goleiro Fernando – que se preparava para interceptar a bola
no centro-direito – desviou a pelota para dentro das redes marcando o terceiro
gol do América. O Estrela só melhorou nos momentos finais, quando Adjalmir aos
44 minutos balançou a rede americana pela segunda vez, definindo o placar de 3
x 2 a favor do “time matuto” (sic).
Ao final
concluíram os experts desportistas:
“Pode-se
afirmar que os rubros de Esperança realizaram exibição que agradou plenamente a
quantos se acharam presentes à praça de esportes de Cruz das Armas. O América é
um time valoroso, que joga bom futebol e revela valores individuais, como o
goleiro Manuelzinho, o zagueiro central Gril, o médio volante Vavá, o pivot
Chico Preto, este já nosso conhecido quando aqui integrou o Botafogo, e os
dianteiros Celedino e B. Wilson, sendo o ‘meio’ a maior figura do grêmio
matuto, o homem que armava todas as investidas da equipe esperancense. O
extrema direita e o canhoto também possuíram boas qualidades”
Apesar das
substituições, a equipe estrelense não conseguiu bom resultado. A única
irresignação adversário foi em relação a uma penalidade máxima quando o placar
estava a 2 x 1, passada a “brancas nuvens”. Fica a dúvida!
A seguir a
súmula do jogo:
Alinharam pelo
América F. C.: Manuelzinho, Pindaro e Gil, Vavá, C. Preto e Pretinho (Edilson);
Jurinha, Filica, Celedino, B. Wilson e Arnaud.
Quadro do
Estrela: Breno/Fernando, Largateiro/Tutú e Pinheiro; Cajú, Adjalmir, Roberto/
Isinho, Valdeci e Edmilson.
O árbitro foi
Hélio dos Santos, que mostrou-se imparcial em campo. A renda foi de 13 mil
cruzeiros.
Fonte: Rau Ferreira: História Esperancense
- A UNIÃO, Jornal. Edição de 13 de setembro. João Pessoa/PB: 1958.
- A UNIÃO, Jornal. Edição de 16 de setembro. João Pessoa/PB: 1958.
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