terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

O ÁRBITRO DE FUTEBOL (Parte 2)



Um erro da arbitragem
leva a uma discussão
todos os jogadores correm
já chamando de ladrão
discordando do apito
e da falsa marcação.

Tem zagueiro batedor
centro-avante pipoqueiro
árbitro escorregador
e bandeira corriqueiro
e quando o jogo esquenta
correm todos pro banheiro.

Nesta minha caminhada
muitos nomes eu levei
a pobre da minha mãe
de quase nada encontrei
sobrou a sua conduta
por que dela eu bem sei.

em quase toda cidade
onde eu ia trabalhar
visitava as capelas
ou a matriz do lugar
pedindo a proteção divina
pra poder ir atuar.

Fui de moto fui de carro
de ônibus e de caminhão
até mesmo de carona
por falta de condução
e nunca fiquei na estrada
graças a Frei Damião.

As viagens foram boas
por todo canto que fui
só faltou um avião
pra ir até Santa Cruz
mas um dia eu decido
voar neste Avestruz.

Nas cidades mais distantes
da minha terra natal
o pernoite acontecia
por causa do temporal
mas no dia bem cedinho
voltava com o real.

Durante minhas jornadas
por aqui ou pro culá
fiz tantas amizades
com os povos do lugar
que jamais esquecerei
e pretendo um dia voltar.

A minha esposa santa
inventou de passear
sentou-se em cima da moto
e disse vou comprovar
o nome mais bonito
foi de piranha de bar.

Um torcedor embriagado
começou a mim sultar
disse tua mulher tá em casa
numa cama a se deitar
pois ela está gostando
é mesmo de um marajá.

Nos campos de futebol
todos vão pra agitar
muitos esquecem da bola
e começam a brigar
só acalmando tudo
quando a polícia chegar.

Numa falta invertida
a torcida ali gritou
seu corno desmantelado
boca de chupador
sua mulher tá com um tarado
debaixo de um trator...

Autor: José Henriques da Rocha

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