quarta-feira, 15 de maio de 2013

O ÁRBITRO DE FUTEBOL (Parte 8)



 Não pode faltar aqui
o famoso Gavião
andou tanto comigo
que quebrou o seu bastão
foi lá em Duas Estradas
que deram no seu bundão.

Andamos tanto no brejo
do litoral ao sertão
lembro das nossas arruaças
no final da redenção
foi bem pertinho de Sumé
que cortaram meu dedão.

Quando todos se ajuntavam
só saiam no pé só
Lula embebedava Paulo
no barzinho de dona Nó
ainda pediam buchada
com caldo de mocotó.

Ali nós avaliava
os momentos de aflição
Paulo falava do murro
que levou no orelhão
e Bebe falava apenas
que lhe deram um empurrão.

Lula contava historia
do chute nos seus cunhão
Gavião se pabulava
que nunca apanhou não
mas eu fui a testemunha
da pedrada em sua mão.

Quem apita futebol
não pode contar vitória
pois a raiva da torcida
aos poucos se descontrola
e é no pobre juiz
que a macaca se enrola.

Foi lá no Bezerrão
onde tudo aconteceu
chute e tapas nas costas
ai de mim e pobre deu
contei esta para Lula
ele de rir quase morreu.

Não conto as vezes os encontros
de Belém pra Caico
mas quando nós se ajuntava
só Jesus que tinha dó
pois agente não sabia
quem seria o nosso guia
nos campos de futebol.

Os encontros pra saída
se davam lá em Belém
todos almoçavam juntos
e saiam no seu trem
quem faltava ou quem não ia
julgava-se a revelia
não apitava mais pra ninguém.

Nesta minha terra santa
muita gente conquistei
aos meus amigos árbitros
nada falo e nada sei
porque muita coisa boa
eu só deles avaliei.

Comecei com Tinil
num amistoso em oitenta e três
depois apareceu João Raimundo e Onassis
fazendo grupo de três
Inácio nos ajudou
por mais ou menos um mês.

Viana também enfrentou
a missão de julgador
foi também um grande árbitro
dele eu só dei valor
mas fez uma grande comigo
que eu me vali do doutor...

Autor: José Henriques

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